PNEUMONIA SILENCIOSA: DEVEMOS NOS PREOCUPAR?

Vivemos em um mundo pós-pandemia, que infelizmente nos deixou muitos medos e traumas. Basta aparecer uma notícia sobre alguma doença nova, que o pânico se instala.

De uns tempos para cá, muita gente tem me perguntado sobre a tal “Pneumonia Silenciosa”.

Afinal, ela existe mesmo? Seria ela uma nova doença? E até que ponto devemos nos preocupar?

Em primeiro lugar, não se trata de uma nova doença.

A pneumonia é uma velha conhecida nossa, assim como suas variações.

Para começar, a Pneumonia é uma palavra grega que significa “inflamação dos pulmões”. Trata-se de doença do trato respiratório inferior geralmente causada por um agente infeccioso (em sua maioria bacteriana ou viral. Seu quadro clínico e sua gravidade são variáveis de acordo com o agente etiológico e das condições clínicas prévias do paciente.

Ela pode ser dividida em 2 grupos: a típica (ou comum) e a atípica (ou silenciosa).

Na Pneumonia Típica, os agentes mais comuns são o streptococcus pneumoniae (pneumococo), Haemophilus influenzae e Staphylococcus aureus. Os sintomas mais comuns são tosse, febre, taquipneia (falta de ar), prostração. Outros sintomas são: perda do apetite, dor torácica, sonolência, entre outros.

Na Pneumonia atípica, agentes causadores incluem variedades específicas de bactérias, como Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila pneumoniae, Influenza A e B (vírus da gripe), Adenovírus, Metapneumovírus, Vírus sincicial respiratório (VSR), Parainfluenza, Rinovírus, Coronavírus, entre outros.

A pneumonia atípica é mais insidiosa, com sinais e sintomas que se desenvolvem de maneira mais gradual e menos intensa, muitas vezes semelhantes a um resfriado ou gripe. Essa característica “silenciosa” da pneumonia faz com que muitos pacientes não percebam a gravidade de sua condição. Isso pode levar a diagnósticos tardios e, em alguns casos, a complicações sérias, especialmente em indivíduos com sistemas imunológicos comprometidos ou com condições de saúde preexistentes.

O diagnóstico de ambas envolve a combinação de avaliação clínica, radiológica (raio x ou tomografia de tórax) e laboratorial (exames de sangue, painel viral).

O tratamento varia de acordo com a etiologia e gravidade dos sintomas.

A pneumonia bacteriana deve ser tratada com antibiótico via oral ou endovenoso.

Já na pneumonia viral, o tratamento costuma ser de suporte sintomático, com hidratação adequada, repouso e uso de antitérmicos e analgésicos para alívio da febre e da dor.

Antibióticos não são eficazes contra vírus, mas podem ser prescritos se houver suspeita de uma infecção bacteriana secundária.

Sendo assim, o mais importante é prestar atenção na criança. Ela pode não ter os sintomas clássicos, mas é uma criança prostrada, “caidinha”, que não quer brincar. Na dúvida, sempre procure seu pediatra ou um serviço de saúde!

Com carinho da Dra Ju

Por: Dra Juliana de Rosis Dinato – @drajuped

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