A Justiça Federal homologou acordo entre o Ministério Público Federal (MPF) e a União para preservação da Cinemateca Brasileira e continuidade do seu funcionamento. A decisão foi construída ao longo de cinco audiências de conciliação.
Em 2020, o MPF entrou com uma ação civil contra a União devido ao estado de abandono da Cinemateca, ao término do contrato de gestão, ao corte de recursos federais e sob o contexto de pandemia de Covid-19.
Na época, o procurador da República Gustavo Torres Soares afirmou que o abandono da instituição foi proposital. “Há evidência de instabilidade e desestruturação administrativa propositais, em prejuízo da Cinemateca: as comunicações aos entes interessados têm sido feitas por intermédio de chefes ‘substitutos’, ‘interinos’ ou ‘provisórios”, escreveu no documento enviado a Justiça Federal.
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Incêndio
Em julho de 2021, um dos galpões, destinado às cópias de reserva técnica, foi atingido por um incêndio, que causou a perda de registros audiovisuais importantes. O imóvel estava localizado na Vila Leopoldina, na Zona Oeste da capital.
O fogo consumiu roteiros, cópias de filmes, equipamentos antigos, inclusive itens com mais de 100 anos. A perícia concluiu que o incêndio foi acidental e provocado durante a manutenção do sistema de ar-condicionado.