Uma força autêntica. Com milhões de seguidores, Juju Salimeni compartilha sua verdade e inspira, especialmente mulheres. De ex-panicat a empreendedora, ela abraça o que construiu e não teme o julgamento. Enfrentando desafios como depressão e ansiedade, Juju encontrou liberdade e controle emocional. Agora, prepara-se para inaugurar sua academia, Ironberg, com seu marido. Em um mundo de aparências, ela mantém sua essência e transparência, vivendo uma vida que vai além das redes sociais e das críticas. “Não preciso provar nada para ninguém, porque isso já está provado, especialmente a minha percepção sobre mim. Quando a mulher tem consciência, segurança de si mesmo, não tem razão para se incomodar [com críticas].”
Ela ficou marcada por anos como uma mulher bonita na televisão. O que é inegável. Porém, Juju Salimeni revela nesta entrevista outras facetas além do rosto bonito e da sensualidade que sempre imprimiu. Segundo ela, seu público é majoritariamente feminino, o que já é uma diferença diante do que se espera de quem já foi panicat e capa da Playboy. ‘Elas se motivam muito, elas querem saber o que eu faço, como é meu treino, como é a minha dieta, o que eu estou vestindo, os produtos que eu uso. Então, eu sempre tive um público muito feminino, desde a época do programa Pânico (…) E é uma responsabilidade muito grande, mas eu sou. Uma pessoa muito… eu entendo muito, eu sou muito responsável com isso, então eu sempre soube me comunicar muito bem com a internet, né? Eu sempre soube como falar, eu sou muito sincera, eu falo as verdades, não tenho frescura, não tenho mimimi, não faço personagem, não finjo que eu sou fofinha, porque eu acho que a verdade tem que prevalecer’.
E sobre o estereótipo ao qual foi encaixada, ela o joga às favas. ‘Essa questão da objetificação do corpo feminino nunca teve a menor relevância para mim, nem quando eu trabalhava de biquíni fio dental na TV e menos ainda hoje. E eu sou uma pessoa com propriedade para falar porque eu fui um símbolo sexual. O que as pessoas quiserem achar sobre mim é problema delas’.
Diante de uma sociedade que vive os dilemas e cobranças referentes à saúde mental, Juju desabafa sobre como lida com a depressão e a ansiedade. ‘Passei por uma crise de depressão há uns seis anos. Comecei a conviver com a ansiedade há mais de 10. Em 2018, eu estava no auge da depressão, época em que a medicação fez mais diferença, e há um ano não faço mais uso de medicamentos. E percebi que, além dessa questão, as pessoas com quem eu convivia traziam problemas para a minha vida que não eram meus problemas. Creio que hoje eu tenho muito controle emocional, sou uma pessoa muito controlada, calma, racional, positiva e já não tenho mais crises há muito tempo. Me sinto livre’.
Eu sei quem eu sou, eu sei onde eu cheguei, o que construí e já sabia desse meu caminho. Nada disso me incomodava e nem me incomoda. Eu trabalho com isso, gosto disso. Gosto de ser considerada a mulher com o corpo escultural e faço por onde. Tenho 21 anos de dieta e de treino pra isso. Gosto de me olhar no espelho e me ver dessa forma. Ser reconhecida como um corpo é maravilhoso pra mim. Não tem o menor problema – Juju Salimeni
TRANSPARÊNCIA
Juju Salimeni sempre cobrou justamente a transparência. As roupas que revelam, ou até mesmo a ausência delas. Mas hoje, ela faz uso de outras: as palavras de quem tem mais de 20 milhões de seguidores. ‘A maioria dessas pessoas não me enxerga como influencer, mas como a Juju da TV. Esse público que eu tenho nas minhas redes sociais veio da televisão. Então, tenho muito comigo a vontade de mostrar a realidade, falar a verdade. Jamais me verão fazendo anúncio de algo milagroso’, diz ela.
Eu sou uma mulher inteligente, que fala outras línguas, que entrevistou personalidades de Hollywood, que visitou diversos países. Não preciso provar nada para ninguém, por que isso já está provado, especialmente a minha percepção sobre mim. Quando a mulher tem consciência, segurança de si mesmo, não tem razão pára se incomodar [com críticas]. Ser uma mulher considerada, né, bonita, com certeza só me trouxe bônus, eu não tenho nem como ousar falar em ônus, se teve é uma coisa tão irrisória, assim, que nem consigo me lembrar. Quem diz que fecha portas tá sendo hipócrita – Juju Salimeni
E ela complementa: ‘A fase de panicat para mim foi maravilhosa, porque eu nasci ali. Se não fosse o Pânico, eu não seria quem eu sou hoje, eu não estaria onde estou hoje e não teria as minhas conquistas. É uma estrada que eu trilhei com muito orgulho e, depois de quinze anos de TV, ainda ser considerada uma mulher com um corpo que motiva outras é, para mim, um orgulho’.
Juju estima para este semestre a inauguração de sua academia de ginástica, elaborada em parceria com seu marido, Diogo Basaglia, a Ironberg, em Alphaville, São Paulo. O empreendimento será inaugurado entre outubro e novembro. O mesmo espaço deve abrigar a gravação de um podcast sobre vida fitness e qualidade de vida. Antes da inauguração, a modelo vai acompanhar o esposo na competição Mister Olímpia, uma espécie de Copa do Mundo de fisiculturismo, já que o rapaz é atleta. Eles lidam com naturalidade sobre o que expor ou não nas redes sociais, já que ambos têm muitos seguidores. ‘A gente compartilha o que acha mais relevante. Não temos interesse em fazer da nossa vida um reality. Eu não tenho paciência para mostrar o meu dia inteiro, para compartilhar absolutamente todos os detalhes; eu compartilho mais o que acho legal que a minha audiência saiba. A gente consegue viver uma vida bem privada e manter essa vida mais tranquila’.
Ainda que seja um mulherão, para Juju, há uma diferença grande entre ela e Juliana — a pessoa que está por trás da persona. ‘Existe uma diferença bem grande entre nós. As pessoas que convivem comigo de perto, que são íntimas na minha vida, sabem dessa diferença, enxergam e sabem completamente. A Juju nasceu num programa de TV que trabalhava completamente com sensualidade. A Juliana é uma menina delicada, bem tranquila, tímida’. Entre a Juju e a Juliana, claro, há diferenças, mas o que as une é uma coisa: personalidade.