Governo pode arrecadar mais de R$ 3 bilhões com bets em 2025

O prazo para as plataformas de aposta pedirem as licenças para operarem no Brasil a partir do dia 10 de janeiro de 2025 encerraram à meia noite desta terça-feira (20).

No total, 113 empresas protocolaram o pedido no Sistema Geral de Apostas, da Secretaria de Prêmio e Apostas do Ministério da Fazenda e, se autorizadas, uma das exigências dentre as portarias estabelecidas é o pagamento de uma outorga de R$ 30 milhões, o que geraria uma arrecadação maior que R$ 3 bilhões ao Governo.

Atualmente, estima-se que mais de 300 casas de apostas atuem no Brasil, número que deve diminuir com o início da próxima etapa do cronograma ministerial. Com isso, especialistas e executivos do mercado acreditam que a quantidade de plataformas que não consiga a aprovação varie entre 10% e 15%.

“Não havia mecanismos para o recolhimento dos impostos e destinações sociais devidas pelos operadores de apostas, que agiram livremente no Brasil, de 2018 a 2023, sem recolher R$ 1. Agora, as empresas autorizadas passarão a pagar seus tributos”, afirmou José Francisco Manssur, sócio do escritório CSMV Advogados e responsável pela elaboração de regras para o setor de apostas por quota fixa no país.

Com a regulamentação, as bets serão obrigadas a cumprir com critérios relacionados à habilitação jurídica, regularidade fiscal e trabalhista, idoneidade, qualificação econômico-financeira e qualificação técnica, além de manter uma reserva financeira de R$ 5 milhões no país, fazer um investimento inicial de R$ 15 milhões no negócio e ter um sócio brasileiro.

Entre as casas de aposta, a expectativa para o novo momento do setor seguem em alta. “Será um marco que trará mais credibilidade ao segmento, fazendo com que restem apenas as empresas de reputação ilibada e que adotam as melhores práticas, como compliance, prevenção a fraudes e a promoção do jogo responsável”, afirmou Darwin Henrique da Silva Filho, CEO do Grupo Esportes da Sorte.

“Com as novas normas, todas as partes só têm a ganhar, com maior segurança, fiscalização e responsabilidade. A partir de 2025, quando as demandas estiverem em vigor, não temos dúvida de que as empresas sérias terão um impulso em seus crescimentos”, ressalta Rafael Borges, Country Manager da Reals.

Você Pode Gostar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *