O bilionário russo-francês Pavel Durov, fundador e CEO do aplicativo de mensagens Telegram, foi preso ao pousar com o seu jato particular no aeroporto de Bourget, no norte de Paris, na França, no dia 24 de agosto.
Investigado por falta de moderação de conteúdo, o aplicativo é suspeito de ignorar a criação de medidas capazes de coibir a sua utilização para lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, compartilhamento de conteúdo pedófilo, entre outros crimes. Durov já tinha um mandado de prisão expedido pelas autoridades francesas.
Em nota divulgada no dia 25 de agosto, o Telegram alega que é um “absurdo afirmar que uma plataforma ou seu proprietário são responsáveis pelo abuso dessa plataforma”.
Não é de hoje que o Telegram está na mira da Justiça, inclusive no Brasil. No dia 15 de fevereiro de 2022, Facebook, Google, YouTube, Instagram, Twitter, TikTok, WhatsApp, Kwai e LinkedIn assinaram um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater a desinformação nas eleições daquele ano. Na ocasião, o Telegram foi a única rede ausente.
Em 2023, foi a vez de a Justiça Federal do Espírito Santo suspender o aplicativo por não cumprir integralmente uma ordem judicial para fornecer dados de participantes de grupos com conteúdo neonazista.
A recusa em apresentar dados ligados a supostos perfis criminosos fez com que o Telegram fosse banido na Rússia em 2018.
Com dupla cidadania dos Emirados Árabes Unidos e da França, Durov, que nasceu na Rússia e vive em Dubai, fundou o Telegram em 2013. O empresário deixou a Rússia em 2014 após descumprir ordens para fechar comunidades de oposição na plataforma de mídia social VKontakte, que foi vendida.
Outro algoz da Justiça é Elon Musk, dono do X, ex-Twitter, que saiu em defesa de Durov com a hashtag #freepavel.