Carol Ribeiro surpreendeu ao anunciar em suas redes sociais o seu diagnóstico de esclerose múltipla, uma doença neurológica, crônica e autoimune. A condição ocorre quando as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, causando lesões no cérebro e na medula espinhal.
Com a repercussão de sua fala, Carol reforça a importância de trazer o assunto para o foco, mas sem romantizar. Em conversa com o gshow no São Paulo Fashion Week, nesta segunda (7), a modelo e apresentadora fez uma reflexão sobre os efeitos desse passo importante.
“Acho que falei em um momento muito sem saber que tanta gente precisava de informação. Não fazia ideia. Muita gente me mandou mensagem, foi uma loucura. Queria responder todo mundo, mas entendi que não dava. Teve muita gente que tem alguns sintomas e desconhecia, gente que desconhecia a doença ou tinha um preconceito”, contou.
E completou: “Falei em um momento que estava pronta para falar e foi muito sincero. Nunca tinha pensado em falar publicamente, porque não sabia da importância que isso tinha. A esclerose múltipla não me define, tenho esclerose múltipla e vou conviver com ela da melhor forma possível.”
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Sobre o momento do diagnóstico, Carol relembrou os impactos emocionais e as etapas até a aceitação.
“Saí do primeiro médico muito abalada, porque entendi o que estava acontecendo comigo. No segundo médico, depois de levar um tempo assimilando tudo, saí muito esperançosa com o tratamento”, relembra.
Lembro que tive o diagnóstico quando voltei do Oscar, em março. Aí, voltei nos médicos… Então, em abril de 2024, tive o diagnóstico final. E não sabia realmente o que estava acontecendo comigo ali no momento, como que iria reagia.”
— Carol Ribeiro
Nova realidade e rotina
Já adaptada à nova realidade, ela compartilhou como tem lidado com a rotina e o tratamento: “E, na minha cabeça, hoje, um ano depois, está tudo muito bem-organizado, muito bem trabalhado. Estou muito bem, fisicamente, mentalmente, de saúde mesmo — melhor do que antes. E, quando falo isso, não é para animar ninguém. É porque é de verdade.”
Sobre os sintomas e a vida pós-diagnóstico, Carol também detalhou como foi percebendo os sinais da doença.
“Tive os sintomas, que eram visão turva, movimento lento, fala pesada. Tudo com um gatilho. E o meu era ambientes muito quentes, muita movimentação, quando estava muito cansada, e ao meu ciclo menstrual. Fui correr atrás que me fizesse bem para esses sintomas.”
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Ela também comentou sobre o tratamento e a forma como tem lidado com o futuro: “Não quero falar em ‘cura’, porque os médicos mesmos não falam. Mas, assim… Por que não? Tudo é possível. A gente entrou com a medicação na hora certa. Então, a doença está controlada, bloqueada.”
Carol refletiu, ainda, sobre o silêncio de muitas pessoas que recebem o diagnóstico. Isso porque, segundo os relatos que têm recebido, muitas temem perder uma oportunidade profissional: “E isso não tinha passado na minha cabeça, o preconceito e o medo das pessoas. E a minha fala serve exatamente para isso, para quebrar tudo isso.”
Ela reforçou ainda que quer seguir falando sobre o tema, mas sem deixar que ele defina sua imagem. Além disso, deixou claro que sua “vida continuará igual”, mas espera que essas informações incentivem as pessoas a procurar um médico ao sentir qualquer sintoma:
“Vou falar sobre isso sempre que achar que devo, mas continuar mostrando meu trabalho e meu dia a dia. Tenho esclerose múltipla e ela não é a minha vida. Mas, como falei, que isso seja uma mudança, para que as pessoas vejam de outra forma, busquem tratamento e percam o preconceito. Quanto mais cedo você descobre, a chance é gigante de não ter nada na vida com os tratamentos certos.”
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Carol Ribeiro desfila para Alexandre Herchcovitch no SPFW — Foto: Fabiano Battaglin/gshow