Indonésia — A mobilização para o resgate da jovem brasileira Juliana Marins, que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, foi intensificada. A família de Juliana informou, na noite de segunda-feira (23) no horário de Brasília, que as operações de busca foram retomadas com a possibilidade de uso de equipamentos especializados e helicópteros. Este é o quarto dia de operação desde o acidente ocorrido no último sábado (21).
Busca por Juliana Marins é Retomada no Monte Rinjani; Família Critica Resgate
Indonésia — A mobilização para o resgate da jovem brasileira Juliana Marins, que caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, foi intensificada. A família de Juliana informou, na noite de segunda-feira (23) no horário de Brasília, que as operações de busca foram retomadas com a possibilidade de uso de equipamentos especializados e helicópteros. Este é o quarto dia de operação desde o acidente ocorrido no último sábado (21).
Detalhes da Operação e Otimismo da Família
Segundo a família, o resgate foi reiniciado às 6h (horário local na Indonésia) desta terça-feira. “Uma furadeira está posicionada para subir a montanha e compor o plano B das ações de resgate. Estão testando a hipótese de usar um helicóptero para o resgate. Previsão entre as 11h e 12h do horário local”, detalhou a família nas redes sociais.
A amiga de Juliana, Lara, que está na Indonésia e acompanha o caso, confirmou que a jovem foi localizada a aproximadamente 950 metros da trilha original. Apesar dos esforços, a família atualizou que a equipe de resgate desceu 400 metros, mas Juliana ainda estaria a cerca de 650 metros de profundidade. Dois helicópteros aguardam liberação do espaço aéreo para se juntarem às buscas.
A irmã de Juliana, Mariana Marins, expressou seu otimismo em um vídeo divulgado pouco antes da retomada das buscas. “Está chegando a noite, a nossa expectativa aumenta, o resgate vai ser retomado. A gente está na expectativa de ver a Juliana novamente, viva e bem aqui com a gente”, disse Mariana, agradecendo o apoio recebido: “Quero agradecer toda energia positiva, todo carinho que vocês têm enviado. Tenho certeza que ela está sentindo isso lá agora e isso está mantendo ela viva. Eu sinto isso. A gente não tem confirmação do estado, mas tenho certeza que isso está fazendo muita diferença. Vamos trazer a Juliana pra casa”.
O influenciador Kiki, que acompanha a situação no local, também se mostrou esperançoso com o tempo limpo na região. “Bom dia aqui da Indonésia, estou bastante otimista que hoje a gente vai conseguir trazer a Juliana de volta. O tempo está totalmente limpo no Rinjani e isso é um bom sinal, a previsão era da equipe começar às 3h da manhã. Eles já devem estar na descida”, afirmou.
Críticas à Condução do Resgate e Informações Conflitantes
Apesar dos esforços recentes, a família de Juliana tem feito duras críticas à atuação das autoridades indonésias. O perfil criado pela irmã para divulgar informações sobre o caso denunciou a lentidão e a falta de planejamento no processo. “O parque segue com a sua atividade normalmente, turistas continuam fazendo a trilha, enquanto Juliana está precisando de socorro! Nós não sabemos o estado de saúde dela! Ela segue sem água, comida e agasalhos! Juliana vai passar mais uma noite sem resgate por negligência!”, escreveu a família.
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As críticas se estendem à gestão do clima na região. “Aparentemente é padrão nessa época do ano que o clima se comporte dessa forma, eles têm ciência disso e não agilizam o processo de resgate! Lento, sem planejamento, competência e estrutura!”, desabafaram. O resgate chegou a ser suspenso no domingo (22) devido às condições climáticas adversas, com forte neblina.
A família também desmentiu informações divulgadas pelas autoridades indonésias e pela Embaixada do Brasil em Jacarta, que afirmavam que Juliana teria recebido comida, água e agasalho. “Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana. A informação que temos é que até agora não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade”, declarou Mariana, que está no Brasil. Ela também denunciou que vídeos que supostamente mostravam o resgate foram forjados.
A Embaixada do Brasil na Indonésia, que acompanha o caso, admitiu ao programa Fantástico ter repassado informações incorretas inicialmente, baseadas em relatos imprecisos das autoridades locais. Dois funcionários da embaixada foram enviados ao local para acompanhar de perto os esforços de resgate.
O Acidente e o Abandono
Juliana Marins foi vista pela última vez por volta das 17h30 (horário local) do sábado, em imagens capturadas por um drone de turistas, que confirmaram a queda na trilha.
Mariana Marins detalhou nas redes sociais como o acidente ocorreu. Juliana estava com um grupo de cinco pessoas e um guia local em seu segundo dia de trilha quando se sentiu cansada. “O guia falou: ‘então descansa’ e seguiu viagem. A gente tinha recebido a informação que o guia tinha ficado com ela, que ela tinha tropeçado e caído. Não foi isso que aconteceu”, explicou a irmã. “O guia só seguiu viagem para chegar até o cume. A gente só tem essas informações de mídia local. Juliana ficou desesperada porque ninguém mais voltou e caiu. Abandonaram Juliana”, denunciou Mariana.
Quem é Juliana Marins?
Natural de Niterói (RJ), Juliana Marins é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também é dançarina de pole dance. Desde fevereiro, a jovem estava em um mochilão pela Ásia, tendo visitado Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia. O acidente interrompeu abruptamente sua jornada.
Acompanhe a Volph Magazine para as próximas atualizações sobre o resgate de Juliana Marins.
